sábado, 27 de abril de 2013

O grande líder

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   A morte do presidente venezuelano Hugo Chávez, anunciada na terça-feira (05/03/13), abalou a América latina e o mundo, deixou uma lacuna no cenário político sul americano. Com uma personalidade carismática conquistou o amor das minorias e da população mais pobre da Venezuela, odiado pela elite por suas medidas pouco convencionais que visavam a melhoria das condições de vida da população em detrimento da propriedade privada, foi vitima de um golpe dado pela oposição em abril de 2002 mas retornou nos braços do povo.



            
  Como muitos lideres sul americanos Chávez veio de uma nova onda política que cobre a região, que é uma versão mais soft da esquerda tradicional. Esses presidentes foram eleitos pelo desgaste que o neoliberalismo causou a esse países, como o antigo presidente Lula disse:

"Hoje, somos uma referência internacional de alternativa vitoriosa ao neoliberalismo ".

          
  Chávez não deixa só um país com uma das menores desigualdades da América mais seguidores na Venezuela e na América latina como Evo Morales, um dos maiores seguidores de Chávez no cenário político internacional. 

  A luta pelo direito dos pobres e o combate ao neoliberalismo foram uma das características mais marcantes dele, a situação depois de seu governo melhorou, mas ainda sofre com as consequências de um atraso tecnológico na produção nacional de bens de consumo, ou seja não existe capacidade de produção para suprir o mercado interno. Essa situação foi criada pelo medo da estatização que afastou muitos investidores estrangeiros fazendo com que um avanço tecnológico tenha um custo mais alto para o país, uma vez que ele terá que bancar toda a pesquisa e produção.

         

  Um dos grandes problemas a serem combatidos pela próximas gestões é a violência urbana que nada mais é do que uma consequência da proximidade com a Colômbia, pois a Venezuela se transforma em uma rota de fuga e distribuição dos narcotraficantes de cocaína, mas esse aumento da violência não refletiu na popularidade de Chávez. 

  Como sabemos, o novo presidente Nicolás Maduro mesmo sendo do partido que seu antecessor, ele não apresenta o mesmo carisma nem popularidade e terá um grande desafio pela frente. 

        
  A Venezuela terá que passar por um longo processo de mudanças, pois mesmo com uma estabilidade conquistada com muito custo nos últimos anos eles terão que conviver com uma oposição muito mais fortalecida depois da morte do ultimo presidente. Historicamente a mídia venezuelana vem influenciando a escolha dos presidentes, mesmo depois do fechamento de algumas emissoras de televisão, a participação clara da mídia privada, empresários e militares define a influência e o poder acumulado por estes conglomerados ao longo de anos, como foi visto na tentativa de golpe em abril de 2002, que a manipulação de informações por estes grupos é uma forte arma contra o governo.

          
  Os antigos poderosos (a elite econômica) tem relações muito próximas dos EUA, que vê a Venezuela como um ponto importante de produção de petróleo e um ponto a ser conquistado para a implementação da ALCA. Como muitos outros países da América latina os venezuelanos se recusaram a participar principalmente pelo elevado protecionismo dos EUA, não sabemos se o novo governo terá a mesma força e a mesma influência para combater esse grande monstro imperialista.

  
@CarlosLatuff
         
  Nós ficamos apenas com uma dúvida: Será que o poder da mídia latino americana ficará afetado pela quebra de monopólios midiáticos, pelos governos que se formaram em toda região? Essas restrições, afetam a liberdade de expressão ou formam uma pluralidade de informações?



                                                                                                                      Anderson Meireles

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quinta-feira, 4 de abril de 2013

O Estado nos estádios.

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Mais uma vez a violência é protagonista em competições futebolísticas da América do sul. De 2009 pra cá houveram quatro casos de agressividade envolvendo equipes brasileiras, argentinas e paraguaias.

Vejo essa questão como algo cultural Sul-americano. Protestar contra a arbitragem, querer culpa-la pelo fracasso do time em campo.



Isso fica claro se olharmos os valores pagos pela Champions League. Um clube campeão arrecada cinquenta milhões de euros ao longo da competição. A Conmebol não consegue pagar isso nem se um time for campeão vinte vezes seguidas. 

Tendo em vista esses valores, vamos nos lembrar dos jogos de Terça-feira e dos gols do PSG e do B. de Munique, estrondosamente impedidos. Houve agressão? Houve cusparada no bandeira? Houve se quer uma manifestação veemente dos jogadores?! É, parece que não.

percebemos que o maior problema é cultural mas também existem agentes colaboradores para a exaltação desse ímpeto selvagem. O maior deles, na minha opinião, é a presença da polícia nos estádios.


Caro leitor, quando você faz um churrasco na sua laje ou quando organiza uma festa no condomínio daquele seu irmão, economicamente mais favorecido, algum policial se oferece para fazer a segurança do evento? Não né? Então o que é que a polícia faz em um evento privado?

Deveria ser responsabilidade do clube se encarregar da segurança do jogo e havendo algum problema de agressão por parte dos seguranças, o mesmo (clube) sofreria as penalidades impostas pela entidade organizadora da competição. Assim como aconteceu no conflito entre os seguranças do São Paulo com os jogadores do Tigre.

Uma das cenas mais lamentáveis no futebol são as "barreiras" feitas por policiais com capacetes e escudos protegendo o jogador para que seja realizado uma cobrança de lateral.



Agora, a mais lamentável, sem dúvida é a xenofobia sendo inflamada pelos cartolas, com as seguintes palavras: "Esses argentinos são assim, acham que podem fazer o que quiser" e não dão conta da sua responsabilidade e da grandiosidade do problema.


Na sua opinião, qual seria a solução imediata para evitarmos violência dentro dos estádios de futebol?


                                                                                                                    Fernando Caldeira


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