quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Qual o rumo da seleção brasileira?

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Com a entrevista dada hoje pelo senhor José Maria Marin para anunciar Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira como técnico e coordenador técnico, ficou claro qual é o perfil do presidente da Confederação Brasileira de Futebol.
Marin começou fazendo uma patética explicação de porque não contratou Tite, Muricy, Abel, Luxemburgo ou Guardiola para o cargo de técnico da seleção, ao invés de falar sobre as glórias do então contratado. Ficou evidente também a vontade  do presidente em agradar a opinião pública e de "fazer uma média" com a turma que ficou de fora.
 Após uma pergunta direcionada ao Felipão, onde o repórter questionou sua defasagem e seu método ultrapassado de montar uma equipe, Marin foi categórico dando um discurso onde eu achei que estávamos em plena ditadura militar. "O brasileiro tem que se orgulhar do que é nosso! Precisamos valorizar esses profissionais que, acima de extremamente capacitados, são brasileiros como nós!".
Aliás, me cinto muito incomodado com essa tentativa de vincular patriotismo ao amor pela seleção brasileira (tentativa essa, que era muito presente no governo de Getúlio).
Esse patriotismo está cada vez mais decadente por "n" motivos. Um desses é pelas centenas de evidências de escândalos de corrupção cometidos pelo ex-presidente Ricardo Teixeira que, ficou no poder por inacreditáveis 23 anos, só saiu porque a situação ficou impraticável ao ponto de não poder fazer sua caminhada matinal pela orla de Copacabana sem ouvir breves homenagens ao seu trabalho.
Voltando a atual situação da seleção, vejo Felipão e Parreira como um escudo, já que possuem uma grande aprovação da opinião pública. Mas se seleção é lugar dos melhores será que o Felipão merecia esse "prêmio"? Bom, se analisarmos seus trabalhos nos últimos 10 anos são poucos sucessos para tamanha garantia de um bom desempenho.
Scolari foi vice-campeão da Eurocopa de 2004 com Portugal; quarto colocado na copa do mundo da Alemanha com a mesma seleção portuguesa (o que foi um sucesso, já que Portugal não chegava a uma semifinal de copa do mundo desde 1966); fracasso com o Chelsea em 2008; com o Uzbequistão foi campeão invicto em 2009 (...); terminou o Brasileirão de 2010 com o Palmeiras em 10º lugar, 2011 em 11º e em 2012 foi campeão da Copa do Brasil e teve participação fundamental para o rebaixamento do time. 
Bom, estou curioso para saber como vai ficar essa relação do Felipão com o Parreira, já que possuem estilos totalmente diferentes, mas o provável é que o Parreira seja apenas peça decorativa nesse cargo arranjado.
No meu ponto de vista um técnico com um desempenho de rebaixamento, com um dos maiores clubes do futebol brasileiro não pode ser chamado para comandar uma seleção, quanto menos a seleção brasileira.

E você? o que acha da escolha do novo técnico da seleção? comente!

Fernando Caldeira.
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