quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Como anda a saúde do Brasileirão.

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Fim de ano... e mais uma vez a discussão de qual é o melhor sistema de campeonato. Pontos corridos ou mata-mata?
Essa discussão ganha (alguma) força esse ano devido a falta de competitividade tanto para decidir o campeão, quanto para decidir quais seriam os clubes rebaixados.
Mas, pelo que tudo indica essa discussão não passará de conversa de buteco, já que nós possuímos várias competições no estilo mata-mata e também pelo sucesso desse formato em todo o mundo.
O que realmente me preocupa é a má distribuição de renda (vixi, até nosso futebol tem isso??!) entre os 20 times que compõem o campeonato. O campeão ganha R$ 9 Milhões; vice R$ 6 Milhões; 3º R$ 4 Milhões; 4º R$ 3 milhões; 5º R$ 1,4 Milhões e 6º 1 Milhão.
Mas essa é apenas a premiação entregue pela CBF que não chega nem perto da disparidade que é a distribuição de cotas de tv.
Fonte: Mídia Esporte


Concordo que se deva valorizar a audiência agregada ao campeonato, mas isso não pode ser o fator mais importante para distribuir a maior verba que um clube recebe no ano. 
Com isso teremos sempre 12 times com alguma pretensão no torneio e, aquelas equipes que tiveram que se superar - tanto em sua gestão administrativa, quanto nos resultados dentro de campo - na Série B, chegarão na 1º divisão com uma receita que nem faz cócegas nos times "grandes".
Se observarmos o crescimento da torcida dos clubes que tiveram várias conquistas de forma consecutiva, percebemos que os títulos são decisivos para o aumento repentino de torcedores dos mesmos.
Aí está o meu medo, não do aumento inevitável da torcida dos clubes seguidamente campeões, mas da centralização de títulos no eixo Rio-São Paulo-Minas Gerais. 
Fonte: Bate-Bola Alvinegro
Com exceção do São Caetano, 4º colocado em 2003, nenhum time fora do grupos dos 12* conseguiu terminar o campeonato no G4**. E esse grupo vai afunilando, a cada ano mais e mais...
Então qual é a solução para se fazer um campeonato mais equilibrado?!
Primeiramente, a decisão de como deve ser distribuído as cotas de tv do campeonato não pode ser feita por uma emissora. A instituição máxima do esporte no nosso país (que infelizmente é a CBF) deve virar para a emissora e falar o seguinte: " O preço do Campeonato Brasileiro Série A é R$ 850 milhões". Com esse dinheiro em mãos ela deveria distribuir esse valor levando em conta vários fatores, inclusive a audiência que esses clubes carregam.

Concorda? Discorda? Tem algo a agregar? Dê uma ideia para que o Brasileirão se torne cada fez mais forte e interessante. 

Obs.: Só não vale clubismo!

* Refiro-me aos 12 clubes tem recebem a maior parte da cota de tv.
** Grupo dos 4 melhores classificados no campeonato.

Fernando Caldeira
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Recomendações #1

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As viagens de fim de ano forçaram o blog a diminuir sua atividade. Hoje, estarei recomendando alguns textos/blogs até para deixar o blog com algum conteúdo de qualidade.
- Texto que relata o descaso do governo do Rio de Janeiro com a educação. Leia que você vai entender:
http://hisbrasileiras.blogspot.com.br/2012/12/memoria-demolida.html

-Excelente blog do renomado Lúcio de Castro, historiador especialista em futebol. Sim, essa mistura pode dar muito certo:
http://espn.estadao.com.br/blogs/luciodecastro#1

- Não tão renomado assim (claro, está começando agora, assim como nós) mas com muita vontade de trazer um conteúdo futebolístico de bastante qualidade:
http://blogbolaaochao.blogspot.com.br/

Bom pessoal, por enquanto é isso mas vamos voltar a escrever assim que possível.

Fernando Caldeira

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sábado, 8 de dezembro de 2012

Uma volta ao passado.

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Com o agravamento da crise na Europa, o cenário político europeu caminha para uma volta de ideais da extrema direita, isso é observado pelo fato que em momentos de crises graves na Europa a uma mudança ideológica das lideranças nacionais principalmente em países onde a taxa de imigração é alta.
Um dos exemplos de países onde a uma forte presença dessas novas lideranças políticas é a França, onde a proibição do uso de véus islâmicos que cubram parcialmente ou totalmente o rosto de mulheres em locais públicos do país é vigente. Isso é uma medida que restringe a liberdade de expressão e a liberdade cultural, essa medida é uma das várias que restringem os direitos dos imigrantes (principalmente islâmicos) e, uma das características desses governos que são na sua maioria nacionalista, anti-Islã, anti-imigração e eurocético.
A volta do ideal nacionalista na Europa esta extremamente relacionado a falha da união européia no seu projeto de integração política, pois afirmam que perderam a soberania e identidade cultural característico. Entre as nações a uma diferença de estrutura e condição financeira para manter vários setores do governo que possuem um certo déficit. Isso só agrava mais a situação.
Aproveitando essa condição os partidos procuram culpar os imigrantes pela falta de empregos e pelo aumento gradativo da criminalidade, pois isto interfere diretamente no processo decisório europeu. Um exemplo disso é Silvio Berlusconi (ex-primeiro ministro da Itália) que foi praticamente expulso do governo pelo seu envolvimento com prostituição de menores e várias polemicas envolvendo sua vida pessoal. Ele tem uma grande oportunidade de voltar ao poder, pois seu partido e seus aliados obtiveram mais quatro regiões na última eleição isso da um total de 6 regiões em um total de 13 regiões. A região norte, a mais rica da Itália, ficou sob o “controle” de Berlusconi que agora tem o coração econômico de uma Itália em crise e em tentativa de reestruturação.
 A importância estratégica dessa região da o direito ao partido e seus aliados exigirem ministérios e por sua vez reconstroem seu poder político.
Uma grande derrota para os imigrantes é a presença de um partido com orientações anti-imigração, que querem aprovar uma lei semelhante a francesa mas com restrições mais severas, como uma multa de 2.000 euros e até dois anos de prisão para quem desrespeitar a lei que proíbe que as pessoas cubram os rostos em locais públicos.
Um exemplo de como esse tipo de movimento pode se tornar no futuro são os países nórdicos onde a presença de grupos radicais de extrema direita, que afirmam sua vontade por meio de ataques terroristas a qualquer meio que seja contrário a sua ideologia como comunistas e islâmicos principalmente.No final, a extrema direita deixada por Hitler é uma semente adormecida que esta sempre pronta para brotar em momentos de crise onde a população se sente ameaçada “pelo perigo da imigração”.

Charge do @CarlosLatuff


Será que a liberdade deve se sujeitar ao domínio ideológico?

Anderson Meireles
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Aborto. Como as religiões cristãs tratam essa realidade.

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Desde as escrituras feitas no Monte Sinai com os dizeres " Não matarás" que esse assunto vem gerando polêmica entre as religiões cristãs.
O catolicismo já mudou de opinião algumas vezes durante os séculos. São Basílio, desde o século IV já afirmava: "Uma mulher que destrói deliberadamente um feto responde por homicídio. E qualquer distinção tênue entre seu ser completamente formado ou não formado não é aceito entre nós".
Com o surgimento do Código Justiniano (século VI) o aborto passou a ser permitido desde que praticado nos primeiros quarenta dias de gestação, pois considerava-se que a infusão da alma só acontecia quando o feto adquiria a forma humana. Essa permissão durou aproximadamente dez séculos, quando em 1588 o Papa Sisto V passou a condenar o aborto em qualquer estágio. Três anos depois o Papa Gregório XIV voltou a aprovar, o que durou um período de 278 anos. Enfim em 1869, a proibição foi restituída por Pio IX e continua até os dias atuais.
Falar sobre o Protestantismo é sempre uma tarefa difícil tendo em vista sua ampla ramificação. Mas, podemos dizer que em sua essência essas doutrinas (Batista, Luterana, Metodista, Episcopal, Presbiteriana, Unitária,...) são contra ao aborto em qualquer circunstância argumentando que, em situações extremas devemos orar ao Senhor pedindo sabedoria.
O Kardecismo (popularmente conhecido no Brasil como Espiritismo), doutrina criada em 1857 com a codificação do Livro dos Espíritos, pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, usando o pseudônimo Allan kardec. Quando Kardec pergunta aos espíritos sobre o aborto, no Livro dos Espíritos, chega a seguinte conclusão:
 357. Quais são, para o Espírito, as conseqüências do aborto?
  Uma existência nula e a recomeçar.
 358. O aborto provocado é um crime, qualquer que seja a época da concepção?   Há sempre crime quando se transgride a lei de Deus. A mãe ou  qualquer pessoa cometerá sempre um crime ao tirar a vida à criança antes do seu nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que o corpo devia ser o instrumento.
359. No caso em que a vida da mãe estaria em perigo pelo nascimento   da criança, há crime em sacrificar a criança para salvar a mãe?
—É preferível sacrificar o ser que não existe a sacrificar o que existe.
360. E racional ter pelos fetos o mesmo respeito que se tem pelo corpo de uma criança que tivesse vivido?
— Em tudo isto vede a vontade de Deus e a sua obra, e não trateis levianamente as coisas que deveis respeitar. Por que não respeitar as obras da criação, que, às vezes, são incompletas pela vontade do Criador? Isso pertence aos seus desígnios, que ninguém é chamado a julgar.

Agora, independente da religião o aborto é uma triste realidade e a não legalização faz com que as mulheres de condição sócio-econômica menos favorecida recorram a ambientes clandestinos, colocando suas vidas em risco, enquanto que as mais favorecidas socioeconomicamente abortam em clínicas de maior segurança (maior segurança, não clínicas seguras). Pesquisas mostram que, em países onde há a legalização, o índice de aborto não aumentou.

Você é a favor do aborto? Em quais condições?
obs.: Limitei-me a tratar a questão em religiões cristãs com, no mínimo 1% de seguidores no Brasil, segundo o senso IBGE 2010.

Fernando Caldeira

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

No caminho da paz...Ou não.

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 Nos últimos dias presenciamos o conflito entre palestinos e israelenses, que deixou vários feridos e mortos principalmente em gaza, onde o povo sofre com a falta de infraestrutura ocasionada pelo controle que Israel impõe sobre eles. O conflito entre Israel e os palestinos,    ou mais especificamente, um confronto com os integrantes do Hamas (grupo radical islâmico que atua na região de Gaza, que luta pela consolidação do estado palestino).
 O conflito se iniciou depois do assassinato de um dos líderes do Hamas pelas forças israelenses que atuam para fragmentar o grupo radical. Em retaliação se iniciou uma serie de ataques feitos pelo Hamas contra o sul de Israel, com isso as forças militares de Israel fizeram ataques a possíveis redutos do grupo radical na faixa de gaza, ocasionando em várias mortes e feridos. Dentre eles a maioria era de civis que ocuparam os prédios que foram destruídos pelos ataques aéreos dos militares israelenses.
(Charge de Carlos Latuff)
 A opinião publica teve uma reação negativa aos ataques feitos por Israel a faixa de gaza, pelo fato de que os ataques deixaram vários mortos e feridos. Entre os civis, a trégua foi feita pelo fato que esse conflito atraiu os olhares da comunidade internacional para os problemas dos palestinos, que são oprimidos pelas forças israelenses que usa o seu poder bélico como arma de persuasão no oriente médio, tendo esse poder incentivado pelos EUA que vê o oriente médio como uma área estratégica para manter uma estabilidade no fluxo de produção de petróleo, alimentando o mercado internacional. Isso se deve ao fato da economia mundial estar muita atrelada ao consumo do petróleo, vindo principalmente do seu aliado, a Arábia saudita.
 O fato do Irã ir contra a repressão de Israel aos palestinos vai muito além disso, pois o Irã é um dos grandes produtores de petróleo do oriente médio, mantendo um regime teocrático sendo estritamente contra as políticas internacionais dos EUA.
 Com isso o Irã se consolida como um grande incomodo para os interesses norte americanos na região, pois eles não tem acesso ao petróleo produzido no Irã, que possui um valor de mercado muito abaixo dos demais países produtores. Já que, para ter um fluxo de caixa maior e manter o estado com recursos para sustentar projetos governamentais como por exemplo, o projeto nuclear iraniano que, diga-se de passagem, uma conquista estratégica para eles que pela primeira fez, em muitos anos o poder de Israel esta sendo ameaçado por outro país do oriente médio. País este que é o único que ainda tem força para ir contra os ideais e as ações de Israel.

 E a população? Como fica nessa guerra de interesses?

Anderson Meireles


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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Qual o rumo da seleção brasileira?

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Com a entrevista dada hoje pelo senhor José Maria Marin para anunciar Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira como técnico e coordenador técnico, ficou claro qual é o perfil do presidente da Confederação Brasileira de Futebol.
Marin começou fazendo uma patética explicação de porque não contratou Tite, Muricy, Abel, Luxemburgo ou Guardiola para o cargo de técnico da seleção, ao invés de falar sobre as glórias do então contratado. Ficou evidente também a vontade  do presidente em agradar a opinião pública e de "fazer uma média" com a turma que ficou de fora.
 Após uma pergunta direcionada ao Felipão, onde o repórter questionou sua defasagem e seu método ultrapassado de montar uma equipe, Marin foi categórico dando um discurso onde eu achei que estávamos em plena ditadura militar. "O brasileiro tem que se orgulhar do que é nosso! Precisamos valorizar esses profissionais que, acima de extremamente capacitados, são brasileiros como nós!".
Aliás, me cinto muito incomodado com essa tentativa de vincular patriotismo ao amor pela seleção brasileira (tentativa essa, que era muito presente no governo de Getúlio).
Esse patriotismo está cada vez mais decadente por "n" motivos. Um desses é pelas centenas de evidências de escândalos de corrupção cometidos pelo ex-presidente Ricardo Teixeira que, ficou no poder por inacreditáveis 23 anos, só saiu porque a situação ficou impraticável ao ponto de não poder fazer sua caminhada matinal pela orla de Copacabana sem ouvir breves homenagens ao seu trabalho.
Voltando a atual situação da seleção, vejo Felipão e Parreira como um escudo, já que possuem uma grande aprovação da opinião pública. Mas se seleção é lugar dos melhores será que o Felipão merecia esse "prêmio"? Bom, se analisarmos seus trabalhos nos últimos 10 anos são poucos sucessos para tamanha garantia de um bom desempenho.
Scolari foi vice-campeão da Eurocopa de 2004 com Portugal; quarto colocado na copa do mundo da Alemanha com a mesma seleção portuguesa (o que foi um sucesso, já que Portugal não chegava a uma semifinal de copa do mundo desde 1966); fracasso com o Chelsea em 2008; com o Uzbequistão foi campeão invicto em 2009 (...); terminou o Brasileirão de 2010 com o Palmeiras em 10º lugar, 2011 em 11º e em 2012 foi campeão da Copa do Brasil e teve participação fundamental para o rebaixamento do time. 
Bom, estou curioso para saber como vai ficar essa relação do Felipão com o Parreira, já que possuem estilos totalmente diferentes, mas o provável é que o Parreira seja apenas peça decorativa nesse cargo arranjado.
No meu ponto de vista um técnico com um desempenho de rebaixamento, com um dos maiores clubes do futebol brasileiro não pode ser chamado para comandar uma seleção, quanto menos a seleção brasileira.

E você? o que acha da escolha do novo técnico da seleção? comente!

Fernando Caldeira.
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