domingo, 17 de fevereiro de 2013

Homossexualidade e seu cenário social.

 Nas últimas semanas a discussão sobre  cidadania e direitos humanos de LGBT's (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) ganhou força, principalmente, pelas declarações do líder religioso Silas Malafaia. O tema gerou tanta polêmica que um pesquisador geneticista brasileiro, doutorando na University of Cambridge (Reino Unido) publicou um vídeo no Youtube questionando-o cientificamente.

O assunto divide opiniões em várias questões, como a capacidade de um casal gay em criar um individuo socialmente e psicologicamente saudável e a responsabilidade desses líderes na formação de pensamentos preconceituosos.

A questão religiosa é sempre complicada mas o que o movimento LGBT exige é que os pastores os respeitem durantes pregações em rede pública como em emissoras de televisão e rádio, agora o que é falado dentro de cultos religiosos é de respeito apenas dos fiéis e seus oradores. Mas fazer com esses limites sejam respeitados será uma tarefa árdua. 

Nos anos 70, juízes norte-americanos afirmavam que lésbicas não poderiam ser bons pais.   Quando as primeiras pesquisas indicaram que os filhos de gays e lésbicas estavam se dando bem eles argumentavam que não havia estudos longitudinais confirmando isso, e ficavam numa posição (homofóbica) confortável, já que esses estudos demandam muitos anos.


A primeira vez que um banco de esperma abriu as portas as lésbicas que queriam engravidar foi em 1982 e foi aí que Nanette Gartrell iniciou o Estudo Nacional Longitudinal de Famílias Lésbicas dos EUA (NLLFS, na sigla em inglês).

O NLLFS, que acompanha a primeira geração americana de famílias lésbicas planejadas - nas quais as mães já se identificam assim antes da inseminação artificial - vêm mostrando resultados surpreendentes. Por meio de entrevistas e questionários, jovens de 17 anos responderam questões sobre seu bem estar e sua relação com os seus pais.
"A surpresa veio quando pedimos que nos descrevessem suas vidas em detalhe. Vimos que os filhos de lésbicas eram muito bons na escola, tinha diversos amigos de longa data e fortes laços familiares. Numa escala de 1 a 10, eles deram 8,4 em média para seu bem-estar. E 93,4% consideraram que suas mães são bons modelos a seguir, excepcional para a faixa etária."
 Essas pesquisas nos mostram que os pais homossexuais suprem a ausência do sexo oposto com muita dedicação na criação de seus filhos, já que precisam educar todo universo a sua volta. Desde os professores até a família.

Acredito que não possa existir trauma maior para um indivíduo do que viver 18 anos em um orfanato e em cada dia de vida, ir pra cama decepcionado por não ter sido acolhido, viver com aquele sentimento de não ser "suficientemente adequado" para ser adotado.



O que você acha dessa relação entre religiões contrarias a homossexualidade x direitos humanos? Você é a favor ou contra a um casal homossexual criar um filho? Comente!

                                                                                                          
                                                                                                                    Fernando Caldeira

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Fontes: 
National Lesbian Longitudinal Family Study. http://www.nllfs.org/
Revista Superinteressante Edição 315. Editora Abril S.A.

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